quarta-feira, 30 de maio de 2018

Petroleiros descumprem decisão do Tribunal Superior do Trabalho e entram em greve em todo o País



A paralisação vai durar 72 horas. (Foto: Divulgação)
Mesmo com a proibição do TST (Tribunal Superior do Trabalho), os petroleiros iniciaram nesta quarta-feira (30) uma paralisação de 72 horas em todo o País, de acordo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros). O descumprimento da decisão da Justiça do Trabalho, divulgada na terça-feira (29), acarreta multa de R$ 500 mil por dia.
A ação contra a greve dos petroleiros foi ajuizada pela Petrobras e pela AGU (Advocacia-Geral da União). A paralisação foi decretada ilegal. Segundo a ministra Maria de Assis Calsing, o movimento é de caráter político e de aparente abusividade.
O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, disse que a decisão da Justiça não intimida os sindicalistas. “Os trabalhadores não vão trabalhar porque eles sabem o que está acontecendo dentro da Petrobras. Eles sabem que hoje está em curso um processo de entrega do patrimônio público”, afirmou Rangel, durante plenária na CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio de Janeiro. “Então, a greve está mantida”, declarou o sindicalista.
A FUP protesta contra os altos preços dos combustíveis e do gás e pede a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente. A categoria também quer o fim das importações de derivados de petróleo. A pauta de reivindicações foi criticada pela ministra do TST. “No caso concreto, não há pauta de reivindicações que trate das condições de trabalho dos empregados da Petrobras, até porque não se vislumbra a proximidade da data-base da categoria”, escreveu Maria de Assis Calsing. A data-base dos petroleiros é em setembro.
Greve
A greve nacional dos petroleiros começou nos primeiros minutos desta quarta-feira em diversas refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos. Os trabalhadores não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX), conforme a FUP. Também não houve troca dos turnos da 0h nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).
Em frente à Refap, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, houve princípio de tumulto entre manifestantes e a Brigada Militar na manhã desta quarta. A Tropa de Choque se posicionou no local.
Desabastecimento
A greve de 72 horas dos petroleiros não traz riscos de desabastecimento de combustíveis no País. O coordenador-geral da FUP, José Maria Range, ressaltou que os petroleiros sempre tiveram a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população e tranquiliza a sociedade para os objetivos da greve.
“Os tanques das refinarias estão abarrotados de derivados de petróleo em função dos protestos dos caminhoneiros. Os irresponsáveis pelo caos que tomou conta do País têm nome e sobrenome: Michel Temer e Pedro Parente. A nossa greve é para defender o Brasil, é para que os brasileiros paguem um preço justo pelo gás de cozinha e pelos combustíveis”, afirmou, explicando que o movimento é de advertência, rumo à construção da greve por tempo indeterminado, que já foi aprovada nacionalmente pela categoria, para barrar a privatização da Petrobras.

Um comentário:

  1. apoiado, tudo para defender o país, bem diferente que os politicos imaginam e fazem eles querem que o pais venda todo o seu patrimonio petrolifero para os americanos e gregolrianos, isso os funcionarios e os brasileiros que se prezam não querem, nao a privatização, nao a venda do pre sal, não a importação de petroleo que era nosso e agora temos que pagar em dolar para termos novamente. nao ao descalabro deste governo golpista, corrupto, ladrão e uma gorja de vagabundos pior que os delinquentes nos presidios

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