sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Há mais de 60 anos, escavações nas cavernas Qumran revelaram quase mil pergaminhos antigos que mostraram passagens interessantes do passado humano.


Os arqueólogos ficaram confusos ao encontrar textos anômalos, entre estes um pergaminho que oferece pistas a respeito do que teria acontecido com os nefilins.  O pergaminho é chamado de O Livro dos Gigantes.
A Bíblia faz várias referência aos nefilins e a maioria delas pode ser encontrada no livro de Gênesis.  Grande parte da informação pertinente a esses gigantes do passado vêm de Livro de Enoque apócrifo.
O antigo trabalho religioso judeu é atribuído ao bisavô de Noé, embora alguns estudiosos datam partes dele para aproximadamente 300 A.C.
Enoque é, no mínimo, um personagem intrigante. O livro do Gênesis nos conta que ele viveu na Terra por 365 anos, antes de ser levado por Deus: “Ele caminhou com Deus e desapareceu; porque Deus o levou”.
Durante seu tempo aqui, nosso planeta também era habitado por “anjos” que interagiam livremente com humanos, e finalmente tendo relações sexuais com as “filhas do homem” e dando o nascimento à uma raça de híbridos gigantes muito fortes, chamados de nefilim.
A origem da palavra “nefilim” não é completamente compreendida, mas os estudiosos propuseram várias etimologias: “os caídos”, “apóstatas”, ou “aqueles que causam com que os outros caiam”.  Irrelevantemente de seu nome, os nefilins sempre têm sido sinônimo de gigantes.
O Livro de Gigantes encontrado nas cavernas Qumran oferecem uma perspectiva que é diferente daquela encontrada no Livro de Enoque.
Embora incompletos, os fragmentos de pergaminhos pintam uma figura terrível: os nefilins ficaram cientes que, como resultado de suas maneiras violentas e depravadas, encaravam uma destruição iminente – e isso os assustou o suficiente para pedir a Enoque que falasse em seu favor na frente de Deus.
O texto inicia detalhando como os nefilins atormentavam a Terra e todos que viviam nela.  Mas uma vez que todos começaram a receber sonhos proféticos de maldição, o medo invadiu seus corações.  O primeiro deles a ter estes sonhos foi Mahway, o filho titã do anjo Barakel.  Em seu sonho ele viu um tablete sendo submergido na água.  Quando o tablete emergiu, todos os nomes, exceto três, tinham sido lavados e apagados.  Isto simboliza o Dilúvio e a subsequente destruição de todos, exceto os filhos de Noé.
Na época, este fato não tinha se tornado óbvio para os nefilins, assim eles debateram o significado do sonho de Mahway, mas não obtiveram sucesso na interpretação dos sinais.
Logo após, mais dois gigantes, Ohya e Hahya, filhos do anjo caído Shemyaza, começam a ter sonhos similares; eles sonhavam com uma árvore sendo arrancada, exceto por três de suas raízes.Após, o resto do grupo de gigantes começou a ter sonhos apocalípticos:
“Logo após, dois deles tiveram sonhos e o sono de seus olhos os escapou, e eles acordaram… …, e disseram numa assembléia de monstros… No meu sonho eu estava vigiando nesta mesma noite [e havia um jardim…] jardins e eles estavam regando […duzentas árvores e] grandes brotos saíram de suas raízes […] toda a água, e o fogo queimou todo [o jardim…]  Eles encontraram os gigantes para contá-los sobre o sonho…”
Os gigantes agora perceberam a natureza profética de seus sonhos e procuraram a ajuda de Enoque.  Infelizmente, Enoque já tinha desaparecido da face da Terra, assim os nefilins elegeram um de seus membros para ir na jornada cósmica ao seu encontro.
“[Mahway] montou no ar com ventos fortes, e voou com suas mãos, como águias [… ele deixou para trás] o mundo habitado e passou sobre a Desolação, o grande deserto […] e Enoch o viu e o saudou, e Mahway disse a ele […] aqui e lá uma segunda vez para Mahway […] Os gigantes esperam suas palavras, e todos os monstros da Terra.  Se […] foi carregada […] dos dias de […] seu […] e eles seriam adicionados […] saberíamos de seu significado […] duzentas árvores que do céu caíram…”
Infelizmente, partes dos pergaminhos foram danificados, mas a direção geral do texto é óbvia. Um dos nefilins viajou para fora da Terra à procura de Enoque e seus poderes de interpretação de visões.
O texto fica interessante se substituirmos alguns termos e não o considerarmos como um relato alegórico, mas sim como a descrição de um evento real, cujo significado se tornou confuso ao longo do tempo.
Se considerarmos voar “com suas mãos, como águias”, uma metáfora, podemos criar a hipótese de que Mahway decolou da Terra numa espaçonave?
Neste caso, “Desolação, o grande deserto” poderia se referir ao espaço interestelar?  Depende do quão longe estamos dispostos a interpretar um pergaminho fragmentado de 2.000 anos, mas os teoristas de alienígenas da antiguidade fazem mais do que levar isso ao pé da letra.
Enoque envia Mahway de volta para onde veio, prometendo a ele que iria falar com Deus em seu favor.  Infelizmente para os nefilins, os tabletes que Enoque os enviou como resposta não traziam boas novas:
“O escriba Enoch […] uma cópia de um segundo tablete que  [Enoch] escreveu com suas próprias mãos o notável escriba […No nome de Deus o grande] e Santo, para Shemyaza e todos [seus companheiros…]
“Que seja conhecido a vocês que não […] e as coisas que vocês têm feito, e que suas esposas […] elas e seus filhos e as esposas de [seus filhos] por sua licenciosidade na Terra, e tem havido sobre vocês [… e a terra está chorando] e reclamando sobre vocês e as ações de seus filhos […] o mal que vocês têm feito à ela. […] Até que Rafael chegue, contemple, destruição [está vindo um grande dilúvio e ele irá destruir todas as coisas vivas] e tudo que está nos desertos e nos mares.  E o significado da matéria […] sobre vocês pelo mal.  Mas agora, afrouxem as amarras [prendendo-os ao mal…] e rezem”.
Se eles rezaram, ou não, o texto não diz.  Mas eles não parecem estar mais por aqui, uma vez mais provando a eficácia do dilúvio global.

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