O filme será transmitido no dia 3 de março e que explora as acusações de abusos sexuais contra o “rei do pop”, informou o site da revista “The Hollywood Reporter”.
A família de Jackson, que criticou duramente “Leaving Neverland” desde sua estreia em janeiro no Festival de Sundance, apresentou hoje uma denúncia na Corte Superior de Los Angeles utilizando um resquício legal para atacar a “HBO”.
O processo se baseia em um antigo contrato que a HBO conseguiu em 1992 para transmitir “Michael Jackson Live in Bucharest: The Dangerous Tour”, um documentário sobre um show do artista durante a turnê de apresentação do seu disco “Dangerous”.
Segundo o relato da acusação, este contrato incluía uma cláusula na qual a HBO se comprometia a não fazer nenhum tipo de comentário ou prática de qualquer tipo que pudessem “prejudicar” Jackson ou seus representantes.
Esse texto legal também inclui supostamente uma condição que obrigaria a HBO a notificar e consultar os herdeiros “se desejar transmitir programação adicional sobre Jackson”.
Os litigantes exigem uma arbitragem confidencial entre as duas partes, na qual os Jackson pedirão uma indenização que poderia superar US$ 100 milhões.
“Leaving Neverland” foi feito com base em quase quatro horas nas acusações de abuso que rodearam Jackson.
“No apogeu da sua fama, Michael Jackson começou uma longa relação com dois meninos, de sete e dez anos, e suas famílias. Agora já na casa dos 30 anos, estes contam a história de como foram objeto de abusos sexuais de Jackson”, afirma a sinopse do filme no site do Festival de Sundance.
Recentemente, a família Jackson já tinha criticado este documentário.
“Estamos furiosos porque a mídia, sem provas nem uma evidência física, escolheu acreditar na palavra de dois reconhecidos mentirosos acima da palavra de centenas de famílias e amigos no mundo todo que passaram tempo com Michael, muitos em Neverland, e experimentaram sua lendária amabilidade e generosidade global”, afirmaram no final em comunicado.
Os familiares do cantor lembraram que o artista nunca foi condenado por esses casos:
“Os criadores deste filme não estavam interessados na verdade. Nunca entrevistaram uma alma que conhecesse Michael, exceto os dois perjuros e suas famílias. Isso não é jornalismo e não é justo, mas os meios de comunicação estão perpetuando estas histórias.”
O que diz o diretor do filme
Dan Reed, diretor do documentário, reagiu às críticas recebidas assegurando que se aprendeu algo “durante este momento na história é que o abuso sexual é complicado e as vozes dos sobreviventes precisam ser escutadas”.
Jackson, que morreu em 2009 aos 50 anos por uma overdose de remédios, foi acusado em diferentes ocasiões por supostamente ter abusado de menores.
Em 2005 foi absolvido em um julgamento no qual era acusado de ter abusado de um jovem, enquanto em 1994 chegou a um acordo econômico fora dos tribunais com a família de outro menino que o responsabilizava pelo mesmo crime.
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